Médicos Viciados
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Médicos Viciados
Há já uns meses saiu uma reportagem na revista Sábado, sobre a existência de álcool, comprimidos e até drogas ilícitas na vida de alguns médicos. Apesar de já terem passado uns meses o tema continua actual.
"Há médicos dependentes de drogas pesadas. Mas ainda são mais os que abusam de outras substâncias como álcool e comprimidos, para relaxar ou ganhar energia. A maioria dos estudos comparativos conclui que a propensão para o abuso de substâncias aditivas lícitas (medicamentos) é mesmo superior nos médicos do que nas restantes profissões (...)
Num trabalho sobre stress e esgotamento na classe médica, constata-te que os médicos recorrem aos tóxicos para aliviarem o sofrimento emocional - 12% a 14% abusam do álcool ou dependem de tóxicos. (...) A dependência química alia-se à dependência de álcool e assume uma dimensão e gravidade superiores às de outras profissões com status sócio-económico equivalente.
A tendência começa logo durante o curso, com estimulantes que permitem estudar horas a fio, reduzindo o tempo de descanso. Depois, a profissão faz o resto. (...)
Os médicos têm altas taxas de stress, insónia, ansiedade, depressão e suicídio (representa 38% das mortes prematuras em médicos e é quatro vezes superior nas mulheres em relação à população geral)."
Relativamente ao suicídio entre médicos e estudantes de medicina pode-se consultar o seguinte artigo:
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v44n2/1993.pdf
Porque abusam os médicos?
"Quais os especialistas mais abusadores?
Os médicos que fazem urgências (e que têm maiores níveis de stresse e turnos de trabalho mais longos) usam mais drogas ilícitas;
Os psiquiatras são os que mais tomam fármacos para o tratamento da ansiedade e da insónia. A psiquiatria é das especialidades mais depressivas;
Os anestesistas consomem mais opiáceos (fármacos derivados do ópio com efeito analgésico - substâncias com que os anestesistas mais trabalham)
Os pediatras e os cirurgiões são os que menos abusam de substâncias tóxicas.
Exemplos:
Os médicos têm dificuldade em reconhecer o seu problema. Não só com o álcool mas com todas as substâncias aditivas. Além disso, têm maior renitência do que a população em geral em procurar ajuda e são melhores a esconder os sintomas. (...)
Mesmo quando percebem que alguma coisa está errada, o alheamento, o corporativismo ou o receio tornam a ajuda e a denúncia raras. Muito poucos processos originados por esses motivos chegam à Inspecção-Geral das Actividades em Saúde. E, destes, menos ainda terminam em sanções aos profissionais: as reacções, acabam quase sempre em recomendações de atenção às entidades. Além disso, nos últimos anos, os planos de actividade da Inspecção não têm previsto nenhuma acção de fiscalização a este tipo de situações. (...)
O estatuto social da classe médica e a própria natureza da profissão faz com que os próprios tenham renitência em recorrer aos serviços de saúde públicos, onde estão mais expostos e podem, inclusive, cruzar-se ou ficar internados ao lado de pacientes. (...) Por enquanto, os médicos portugueses viciados continuam a recorrer às mesmas instituições que outros profissionais com os mesmos problemas. Os Alcoólicos Anónimos (AA) são dos grupos com maior procura. Em Portugal, os profissionais de saúde representam 3,2% dos AA. A nível internacional há pelo menos 5500 médicos, que formam o subgrupo Médicos Internacionais nos Alcoólicos Anónimos"
Pensam que este é um problema dos médicos já com alguma experiência? Ou, por outro lado, existe e continuará a existir? Concordam que começa logo na Faculdade?
Ouvi dizer que ao longo do curso hei-de encontrar num hospital (não interessam nomes) um médico viciado em álcool, mas que posso eu fazer!? Nada!
"Há médicos dependentes de drogas pesadas. Mas ainda são mais os que abusam de outras substâncias como álcool e comprimidos, para relaxar ou ganhar energia. A maioria dos estudos comparativos conclui que a propensão para o abuso de substâncias aditivas lícitas (medicamentos) é mesmo superior nos médicos do que nas restantes profissões (...)
Num trabalho sobre stress e esgotamento na classe médica, constata-te que os médicos recorrem aos tóxicos para aliviarem o sofrimento emocional - 12% a 14% abusam do álcool ou dependem de tóxicos. (...) A dependência química alia-se à dependência de álcool e assume uma dimensão e gravidade superiores às de outras profissões com status sócio-económico equivalente.
A tendência começa logo durante o curso, com estimulantes que permitem estudar horas a fio, reduzindo o tempo de descanso. Depois, a profissão faz o resto. (...)
Os médicos têm altas taxas de stress, insónia, ansiedade, depressão e suicídio (representa 38% das mortes prematuras em médicos e é quatro vezes superior nas mulheres em relação à população geral)."
Relativamente ao suicídio entre médicos e estudantes de medicina pode-se consultar o seguinte artigo:
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v44n2/1993.pdf
Porque abusam os médicos?
"Quais os especialistas mais abusadores?
Os médicos que fazem urgências (e que têm maiores níveis de stresse e turnos de trabalho mais longos) usam mais drogas ilícitas;
Os psiquiatras são os que mais tomam fármacos para o tratamento da ansiedade e da insónia. A psiquiatria é das especialidades mais depressivas;
Os anestesistas consomem mais opiáceos (fármacos derivados do ópio com efeito analgésico - substâncias com que os anestesistas mais trabalham)
Os pediatras e os cirurgiões são os que menos abusam de substâncias tóxicas.
Exemplos:
Os médicos têm dificuldade em reconhecer o seu problema. Não só com o álcool mas com todas as substâncias aditivas. Além disso, têm maior renitência do que a população em geral em procurar ajuda e são melhores a esconder os sintomas. (...)
Mesmo quando percebem que alguma coisa está errada, o alheamento, o corporativismo ou o receio tornam a ajuda e a denúncia raras. Muito poucos processos originados por esses motivos chegam à Inspecção-Geral das Actividades em Saúde. E, destes, menos ainda terminam em sanções aos profissionais: as reacções, acabam quase sempre em recomendações de atenção às entidades. Além disso, nos últimos anos, os planos de actividade da Inspecção não têm previsto nenhuma acção de fiscalização a este tipo de situações. (...)
O estatuto social da classe médica e a própria natureza da profissão faz com que os próprios tenham renitência em recorrer aos serviços de saúde públicos, onde estão mais expostos e podem, inclusive, cruzar-se ou ficar internados ao lado de pacientes. (...) Por enquanto, os médicos portugueses viciados continuam a recorrer às mesmas instituições que outros profissionais com os mesmos problemas. Os Alcoólicos Anónimos (AA) são dos grupos com maior procura. Em Portugal, os profissionais de saúde representam 3,2% dos AA. A nível internacional há pelo menos 5500 médicos, que formam o subgrupo Médicos Internacionais nos Alcoólicos Anónimos"
Pensam que este é um problema dos médicos já com alguma experiência? Ou, por outro lado, existe e continuará a existir? Concordam que começa logo na Faculdade?
Ouvi dizer que ao longo do curso hei-de encontrar num hospital (não interessam nomes) um médico viciado em álcool, mas que posso eu fazer!? Nada!
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